domingo, 18 de dezembro de 2011

O luto pela perda de um animal



Meu gatinho morreu hoje. Estou muito triste e já chorei bastante.

Antigamente, quando via alguém chorando por causa de um animal não entendia. Achava que era besteira, pois animal não é gente, e era uma falta de censo chorar por morte de cachorro, gato, etc. Sentir-se de luto. Eu só entendi esse sentimento, quando o cachorro de minha família morreu de velhice com treze anos. Todos nós choramos, ficamos de luto pelo nosso companheiro, que era um membro da família.

Sempre tive muitos gatos e infelizmente eles não “duravam muito”, não chegando nem chegando próximo dos vinte anos de vida estimados para eles. Os gatos sem mais nem menos sumiam, e alguns ficávamos sabendo que foram mortos por cachorros.

Meu último gatinho, este que morreu hoje, era uma “guarda compartilhada” entre eu e minha vizinha. Na verdade ele era o gato dela, pois ela cuidou dele desde que nasceu, só que como eu tenho uma gatinha, ele começou a frequentar a minha casa atrás dela. Depois que outro gato que eu tinha sumiu, ele começou a aparecer diariamente em minha casa, se esfregando na gente pedindo carinho. Eu brincava com ele, dizendo que ele havia percebido que havia surgido uma vaga de gato na casa, e tinha decidido que a vaga era dele. No fim, ele ficava mais em minha casa que na casa da vizinha, e ela chegou a dá-lo oficialmente para mim.

Ele miava na janela do meu quarto, para que eu abrisse para ele entrar. Às vezes achava que ele nem estava mais no quarto, e quando o procurava o achava embaixo da cadeira em que eu estava sentada. Outras vezes, ele ficava sentado aos meus pés na mesa do computador. Ele comia e bebia em minha casa, mas se não lhe desse carinho, ele ficava miando inconformado. Muitas vezes quando estava escrevendo, ele quase subia no teclado para se ajeitar em meu colo, e ia para frente da tela do computador pedindo atenção. Ele me seguia para todo lado, por isso eu o comecei a chama-lo de Sombrinha. Ele ficava em cima da laje de minha casa a noite, e quando eu chegava da faculdade, miava e vinha correndo para o portão para entrar comigo em casa, ou quando estava na rua e me via, vinha me seguindo até em casa.

Ontem ele veio cambaleando do fim da rua, sangrando. Minha mãe e sua dona viram isso. Ele deve ter sido mordido por um cachorro ou mesmo cobra, pois onde moramos há muito mato e ele vivia neles. Mesmo sendo medicado ele não sobreviveu. Vou sentir muita falta de meu gatinho, de “minha sobrinha”. Agora mesmo escrevendo, sinto sua falta ao meu lado, como ele sempre estava. Só me conforta acreditar que ele deve ter ido para um lugar muito bonito, onde ficam todas as criaturinhas inocentes de Deus. Mesmo assim, ainda vou chorar nos próximos dias pela sua partida.

Adeus, meu gatinho!

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