segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Governo lança programa para reduzir jovens negros assassinados





O estado do Alagoas sediou o lançamento do Plano de Prevenção à Violência contra a Juventude Negra, o Juventude Viva, lançado em setembro deste ano pelo Governo Federal. Maceió será a primeira capital a receber o plano, que tem a missão de conter os índices alarmantes de violência e homicídios contra jovens negros em todo o país.

A iniciativa chega a Alagoas, em caráter experimental, contemplando, além da capital, as cidades de Arapiraca, União dos Palmares e Marechal Deodoro. Segundo dados do Ministério da Saúde, 53% dos homicídios no Brasil atingem pessoas jovens, das quais 75% são negros e negras, de baixa escolaridade, sendo a maioria do sexo masculino. Os dados revelam ainda que, ao longo da última década, esses índices vêm crescendo. Tomando-se por base os anos de 2000 e 2010, o número de mortes de jovens negros subiu de 14.055 para 19.255.

Sob a coordenação da Secretaria-Geral da Presidência da República, por meio da Secretaria Nacional de Juventude, e da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), o Plano ainda está em fase piloto e é resultado de uma intensa articulação interministerial, além de ter sido debatido com os movimentos e entidades da sociedade civil.

O Juventude Viva reúne ações de prevenção, que visam reduzir a vulnerabilidade desses jovens, criando oportunidades que assegurem sua inclusão social e autonomia, com a oferta de equipamentos, serviços públicos e espaço de convivência nos territórios mais violentos, além do aprimoramento da atuação do Estado para enfrentar o racismo institucional e sensibilizar os agentes públicos para o problema.

Para a secretária de Estado da Mulher, da Cidadania e dos Direitos Humanos, Katia Born, o Juventude Viva vai garantir maior acesso da população negra aos serviços públicos.

- É um projeto de inclusão social que agrega os governos federal, estadual, municipal e toda a sociedade (ONGs, universidades, iniciativa privada) em prol do combate à violência da juventude negra. É um plano de ações integradas muito bem desenvolvido para que essa população tenha maior acesso à cultura, esporte, educação, saúde e trabalho – incluindo-os socialmente também através de capacitações e cursos profissionalizantes – conclui.


Fonte: Revista Afro




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